MIAMI - A irmã caçula de Fidel e Raúl Castro, Juanita Castro, colaborou com a CIA, agência de inteligência norte-americana, contra o governo de seus irmãos em Cuba antes de ir para o exílio em Miami em 1964, disse ela no domingo. Juanita, de 76 anos, que não fala com seus irmãos há mais de quatro décadas, fez a revelação ao canal de TV de língua espanhola Univisión-Notícias.
Depois de inicialmente apoiar a Revolução de 1959 de Fidel, que derrubou o ditador Fulgêncio Batista em Cuba, Juanita Castro disse ter se desiludido com o modo como seu irmão mais velho estava executando opositores e levando a ilha em direção ao comunismo.
"Eu comecei a ficar desencantada quando vi tanta injustiça", disse em entrevista à Univisión.
Juanita contou que da sua casa em Havana ela abrigou e ajudou os perseguidos pelo governo de Fidel Castro.
"Minha situação em Cuba ficou delicada por causa da minha atividade contra o regime", disse.
Ela contou que um dia uma pessoa próxima a Fidel lhe trouxe um convite da CIA pedindo que ela colaborasse com a agência de espionagem norte-americana.
"Eles queriam falar comigo porque tinham coisas interessantes a me dizer, e coisas interessantes a me perguntar, tais como se eu estava pronta para correr o risco, se eu estava pronta para ouvi-los - eu fiquei chocada, mas disse sim", disse Juanita Castro a Collins.
Collins disse que, "dessa maneira, começou uma longa relação com o arquiinimigo de Fidel Castro, a Agência Central de Inteligência" dos EUA.
"Durante três anos, de 1961 a 1964, colocando a própria vida em risco, o trabalho de Juanita Castro era salvar a vida de seus compatriotas bem antes de ela partir para o exílio em Miami", acrescentou Collins, sem dar mais detalhes.
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