Leitores se manifestaram e se posicionaram contra o que chamam de abuso das montadoras, que fazem uma pequena alteração no carro e passam a chamá-lo de “novo”.
Mas o que mais preocupa o consumidor é realmente a antecipação do modelo 2011. O comerciante Fábio Faraj disse que foi um dos consumidores traídos: comprou um carro 2010 em janeiro e dias depois viu aparecer no mercado o modelo 2011.
“Fiquei muito chateado – disse Faraj – estamos em março e o meu carro 2010 já é ‘ultrapassado’ e o pior é que vou perder dinheiro na hora da revenda”.
“Como o mercado brasileiro ainda não possui uma regulamentação sobre esse aspecto de ano/modelo? Do jeito que andam as coisas, daqui a pouco teremos modelos 2012 em 2010”.
A revolta maior do consumidor é com a antecipação do ano modelo. Além de deixar o modelo anterior mais velho antes do tempo, essa ação causa prejuízo financeiro.
A Argentina prevê a mudança do ano modelo apenas um ano após a última modificação. Nesse período o carro terá que permanecer o mesmo, sem qualquer alteração estética ou tecnológica.
Talvez a melhor alternativa seja seguir a regra de países da Ásia e do Oriente Médio, que não consideram o ano modelo, mas apenas o ano de fabricação. O documento do carro só registra a data em que saiu da linha de montagem. É acaba-se a polêmica
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